Segundo o documento, um em cada dez adultos em todo o mundo vive com diabetes.


Números preliminares divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês) mostram que 537 milhões de adultos (de 20 a 79 anos) vivem com diabetes em todo o mundo, ou seja, um em cada dez adultos tem a doença.

Segundo o relatório, houve um aumento de 16% nos casos da doença desde os números anteriores, de 2019. Na última edição, eram 463 milhões de pessoas vivendo com diabetes.

Veja as principais conclusões do Atlas Diabetes 2021:

Um em cada dez (10,5%) adultos em todo o mundo vive atualmente com diabetes, o equivalente a 537 milhões de pessoas
Houve um aumento de 16% nos casos da doença entre 2019 e 2021
A previsão é que o número total de pessoas com diabetes aumente para 643 milhões até 2030. Até 2045, esse número deve subir para 783 milhões
Cerca de 240 milhões de pessoas não sabem que têm diabetes e 81% delas vivem em países de baixa e média rendaEstima-se que aproximadamente 6,7 milhões de adultos morreram devido ao diabetes ou suas complicações em 2021 - 12,2% das mortes globais por todas as causas
O diabetes é uma doença silenciosa e sem cura. Por isso, muita gente acaba não sendo diagnosticada. Segundo o relatório, 44,7% dos adultos que vivem com diabetes não sabem que têm a doença.
O dado é preocupante, já que existe tratamento para a doença. Sem ele, o diabetes pode provocar sérias complicações para a saúde, como ataques cardíacos, derrames, cegueira, insuficiência renal e até a morte.
“Esses dados são alarmantes e preocupam a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), que já reconhece que se trata de uma pandemia mundial. Muitos dos pacientes adultos, com diabetes do tipo 2, são assintomáticos e a doença vai se desenvolvendo ao longo do tempo", explica Cesar Boguszewski, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
O Atlas Diabetes 2021 será publicado no dia 6 de dezembro.

Tipos de diabetes

"O diabetes é uma doença traiçoeira, ele pode não se manifestar com muitos sintomas e já aparecer com complicações porque o excesso do açúcar no sangue acaba comprometendo vários órgãos, por afetar a parte vascular e nervosa. A doença é uma das principais causas das doenças vasculares e cardíacas, como infarto agudo do miocárdio e os derrames vasculares. Também atinge os pequenos vasos, então é uma das principais causas de perda de visão na população adulta, de insuficiência renal crônica e da necessidade de hemodiálise", alerta Boguszewski.
Os dois tipos de diabetes mais comuns são o tipo 1 e tipo 2.


Tipo 1



É uma doença autoimune. Ele se dá quando o próprio sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina. As causas exatas ainda não são conhecidas, mas estão ligadas a uma combinação de condições genéticas e ambientais. Esse tipo é mais comum em crianças e adolescentes e não há formas de prevenir.
Os sintomas mais comuns são sede, emagrecimento, muito xixi, cansaço e fraqueza. O tratamento é feito com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas.
"É importante que os pais estejam atentos a sinais como excesso de sede, aumento da frequência de micção e emagrecimento exacerbado. Na presença desses sintomas, devem agendar uma visita ao endocrinologista pediátrico para que o diagnóstico seja feito e o tratamento instituído rapidamente", diz o presidente da SBEM.


Tipo 2



O diabetes tipo 2 é o mais comum e responsável por cerca de 90% de todos os casos da doença. Ocorre quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Ele acomete com mais frequência os adultos e está diretamente relacionado à sobrepeso, sedentarismo e dieta inadequada.
Os sintomas são aumento de apetite, muito xixi, formiga no vaso sanitário, fraqueza, dor nas pernas, candidíase vaginal. Dá para prevenir ou retardar o diabetes tipo 2 com comportamentos saudáveis: alimentação, atividade física, evitar o álcool, tabaco.




Por g1

Redação Rádio domm